21.07.10
Aie Mourir pour toi
Maroussia
REALIDADE EFÉMERA
Vida, realidade efémera, ilusão
flor cortada sem dó nem piedade,
grãos de areia que nos escapam da mão
feita de tempo, marcando a idade.
Semente feita ser, deambulando
passo atrás de passo sem rumo,
para uns, tal cavaleiro andante
para outros, fruto seco sem sumo.
Fantasia, sob qualquer disfarce,
torpe, demente e traiçoeira,
viver ou não viver é um impasse
será que a nossa vida é verdadeira.
Filosófica, abstracta e outras analogias
questionável sobre teorias e valor,
até que ponto viver é uma alegria
até que ponto viver é sentir a dor.
Passagem sempre marcada no tempo
viagem por caminhos tortuosos,
um ténue soprar do vento
um disputar de sons tenebrosos.
Raiz tocada de lado pela podridão
água estagnada sempre impura,
vida realidade efémera ilusão,
vida sem vida pelo tempo que dura.
E vem o dia em que a vida acaba,
passado, ido o tempo que passou,
sobrar, o que resta é quase nada,
somos levados pelo vento que soprou.
autoria de__ M.Cabral_pt®