A Primavera chega jovial e fresca
os jardins ficam bem mais floridos,
e do frio já pouco ou nada nos resta
são os dias de tons mais coloridos.

O Verão, vem fogoso e cheio de ardor
e nas longas e belas noites de luar,
trocam-se mil promessas de amor
pois o clima quente, convida a namorar.

O Outono, chega menos novo
fazendo-nos avançar o caminho,
é nessa altura que o nosso povo
come as castanhas e bebe o novo vinho.

O Inverno, chega mesmo no final
as longas noites são passadas à lareira,
e bem depressa vem o Natal
para reunir a família inteira.

E quase sem se dar por isso
pelo tempo vamos passando,
no entanto tudo o que é preciso
é que este mundo vá girando.

Numa qualquer destas quatro estações
um dia, vamos ter de nos apear,
mas se deixarmos boas recordações
muito melhor, nos ficarão a Recordar.

__®M.Cabral  (autoria)
_sob reserva_
(imagem by net)

Vou,
rumando noutras direcções e
nessas
analiso situações

Assim,
fujo das imitações
geradoras de confusões

Ansiosa,
busco novas sensações

e sem mais contemplações
curvo-me ao peso das desilusões.

__®M.Cabral  (autoria)__
sob reserva SPA
imagem by net 

Momentos, fragmentos de vida
pequenos pedaços de tempo,
embalagens de tara perdida
no consumo do nosso sentimento.

Momentos com algo de doce
outros, com travos amargos,
alguns quem dera que fossem
mais sentidos e menos vagos.

Momentos, quem me dera ter
o grande dom da Sabedoria,
para melhor poder viver
cada momento do dia a dia.

Cada momento passado
é uma oportunidade a menos,
pois o momento é baseado
nas alternativas que temos.

Momentos, são o que regem o mundo
em cada dia ou espaço de tempo,
saibamos saborear cada segundo
e desfrutar da Vida... cada momento.

®M.Cabral (autoria)
(sob licença)

É estranho como me parece não ser eu, a "outra" que está na minha frente.

Indescritível esta sensação, a maneira como me vejo, como me interrogo se eu sou aquela que está a olhar para mim.

Como vivi tanto tempo comigo mesma e agora não me reconheço.

Vejo um corpo que a idade vai transformando, e aos poucos desgastando. Mas esta que está deste lado agora, não sente o peso da idade, nem o desgaste, não sente dor ou desilusão no que observa, está imune a tudo isso.

Entendo então que, o que eu quis trazer para fora de mim, foi a minha alma.

Essa alma que faz todo o sentido da vida e que nos faz a redenção da mesma; nos faz sentir a raiva, mas que depois nos dá o bálsamo da quietude; nos dá a conhecer a desilusão, mas que também nos enche de ilusões; nos mostra a revolta mas que depois nos eleva a Fé; que nos mostra o amor em toda a sua plenitude, e sentir esse amor e a sua retribuição, em todos os nossos actos, nos dá o alento para... vivermos.

E assim, com toda a calma e serenidade, que esta maneira de me " olhar " trouxe, faço de novo a "fusão" do corpo e da alma, desvalorizando o que efémero e, dando muito mais significado ao que se manterá eterno...!!

autoria de__ M.Cabral_pt®
___sob licença __