Não tentem "perceber-me"... eu mesma já desisti de o fazer. Tudo o que me rodeia é confuso, "assimétrico" e com muito pouco sentido.
Por vezes penso que sou exigente com os outros, sem ter qualquer "direito" de o ser. Quem quer que seja, está "desobrigado" em ter de aturar-me. Se sofro muito ou pouco, é problema meu, porque sou a única responsável pela minha pessoa.
Até há bem pouco tempo, sofria muito porque não tinha o "retorno" do que dava de mim. Se calhar pensava que tendo apoio, tudo seria menos difícil.
Foi mais um erro que encontrei. Ninguém sofre ou tem de sofrer, as minhas dores, decepções, alegrias, tristezas ou lá o que quer que seja.
Sentia uma frustração nessa falta de "ombros", porque eu sempre disponibilizei os meus e agora, sinto-me falhada e revoltada comigo, por ter sido tão fraca, dentro de mim.
O "desamparo" sem parecer tal, fez-me ver que o meu pequenino "universo", está a anos Luz do Universo dos demais... apenas habitamos a mesma galáxia (sentido figurado).
Curiosamente recordei aquela frase dos 3 mosqueteiros... "Um por todos e todos por um"... eu contradigo e escrevo: Uma por todos e todos, nem um sequer, por uma. Que seja então cada um por si... é a Lei da Vida.
Palavras simples e sentidas, escritas por alguém que após um momento de introspecção, se define como... "um doce, com um travo muito amargo" !!
®M. Cabral