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30.07.24
Maroussia
Minha Querida Mãezinha
Faz hoje 12 anos que me deixaste a viver a 50% porque os outros 50 foram contigo.
O Tempo passa, mas ainda hoje não "aceito" que não te posso ver e sentir neste Mundo.
No plano espiritual em que acredito, um dia destes nos encontraremos de novo e será para ficar unidas eternamente. Quero acreditar muito nisso, algo como, se eu regressasse ao teu ventre.
É este meu pensar, que me faz levantar todos os dias e "sobreviver".
Tiveste uma vida longa, difícil, com bastante contratempos mas tinhas algo a teu favor, saúde, e quando te levo ao hospital a que resistias sempre, para te salvar (durante a tua vida, apenas tinhas duas idas e de breve "visita") foi lá que te "mataram", maldita bactéria.
Até hoje não me perdoo ter-te levado mas, do mesmo modo não me perdoria senão te levasse, como o teu médico mandou, estavas muito fraquinha não querias comer, e os 90 anos também não ajudavam muito. Fiz tudo o que pude mas ... penso sempre que podia ter feito muito mais e por isso, sinto esta culpa "dolorosa" dentro de mim, até hoje, o que veio a dar numa depressão crónica.
Embora tenhas sido mãe um pouco tarde, e eu já não fosse esperada, felizmente e Graças a Deus, ainda deu para viver contigo alguns anos e desfrutar da tua presença.
Não eras de muitos afectos, também não recebeste muitos quando devias ter recebido. Mesmo os que trocávamos por vezes, não eram muito calorosos.
Senti muitas vezes falta de um beijo ou um abraço mas nem pedia, porque vinhas cansada, trabalhavas muito porque tinhas de te sacrificar para me criar e eu queria acreditar que esse era o motivo da " falha " nessas manifestações, que eu desejava serem mais carinhosas.
Fui-me habituando ao teu modo de ser... afinal tinhas de nos sustentar e no fundo gostavas de mim e muito, eu sentia isso, mas... a teu modo !
O que me custa mais é que depois de me "deixares", comecei a sofrer mais com essas "faltas"... ficou tanto por fazer e dizer, embora eu "fale" contigo todos os dias... e acredite que me ouves... afinal a vida, é o "princípio" da morte.
Aprendi com a esta perda, o sentido da palavra Saudade. Porque todos os dias eu sinto Saudades de ti.
Até um dia Mãezinha... e tu sabes o quanto te Amo, como sempre Amarei.
Não fiques triste comigo... mas senti vontade de "conversar" contigo. O meu coração parece que rebentava se não o fizesse.
Beijinhos 1000, "viverás" sempre dentro do meu
®M.Cabral ( in - Saudades imensas )
28.07.24
Maroussia
21.07.24
Maroussia
Saudades das noitadas no Forte D. Rodrigo, onde além do próprio, cantava outro grande Sr. de nome Manuel de Almeida.
O Rodrigo talvez das melhores vozes do Fado, um dos muitos "empurrados" pela Grande Amália Rodrigues, canta este tema com a sua voz peculiar, como poucos.
Não podia deixar de homenagear outro grande fadista, Manuel de Almeida (RIP), com um tema cantado por ele e dos que mais gosto.
Tenho a impressão de que estou em "estado" de Nostalgia numa noite de Sábado, onde quase tudo dorme e eu sozinha no meu escritório, ouço Fado.
Apeteceu-me partilhar convosco, este momento, onde predomina a insónia, enquanto lá para "dentro", uns já dormem e outros convivem com alguns amigos.
Felizmente que tenho a sorte de ter uma família, onde todos respeitam a privacidade de cada um. Ninguém se impõe a quem quer que seja.
Há momentos e tempos para viver e conviver com todos, e para tudo o que queremos fazer em família... É assim a minha "gente", por quem eu daria a vida se preciso fosse, e da qual sinto o maior orgulho.
®M.Cabral (in - Fado é ... Lei )
20.07.24
Maroussia
Uma musica de que muito gosto, tão somente, para vos desejar um excelente final de semana.
Abraços amistosos
®M.Cabral in- ( "apetites musicais")
17.07.24
Maroussia
Sim ou não ... o que será mais difícil de se dizer.
Há muito boa gente que diz que, tem de aprender a dizer Não mais vezes, e dão "N" razões para tal, como quem se vitimiza por não saber negar a sua indisponibilidade quando é requisitada para "tudo" talvez até "pressionada" (penso eu de que) !
Esta questão surge de uma conversa que tive com uma amiga aqui há uns dias, em que se queixa precisamente desse "grande" problema, para ela.
Embora possa não parecer, sou muito pragmática e não entendo o porquê dessa dificuldade. Penso que tudo depende da "sequência" em que a palavra tem ou deve ser utilizada.
Pedi-lhe que me desse um exemplo e respondeu-me prontamente. A "fulana" uma "amiga" nossa, a semana passada, numa noite tinha ido a casa dela pedir-lhe uma quantia razoável de dinheiro emprestado, porque tinha partido o telemovel e queria comprar outro para o marido não a chatear, dado que tinha sido prenda dele.
E que fizeste, pergunto-lhe eu ? E lá veio a tal lenga-lenga de não conseguir dizer não, etc etc. Então a minha boa amiga, como não podia emprestar essa quantia sem ter de explicar sobre o porquê da mesma, foi ao "mealheiro" da filha menor, claro (sem darem por isso) para a nossa "amiga" levar cerca de 1000 € para o telemovel.
Fiquei em silencio, mas devo ter ficado de 1001 cores, porque ela só me perguntava, se eu estava bem e que falasse, que dissesse alguma coisa.
Depois de beber um pouco de água, disse-lhe apenas... vou dar-te uns exemplos para entenderes bem, que nem sempre se diz não e o mesmo com o sim.
Repara, que isto é como eu penso, tu farás sempre o que entenderes... !
Se alguém vier pedir-me ajuda, porque está a passar um mau momento, rendas atrazadas, remédios e outras razões plausíveis, não sendo eu uma pessoa abastada, não posso ajudar com o dinheiro que seria necessário mas, vou com essa pessoa a um hiper e faço-lhe um "avio" com um pouco de tudo, (dentro dos meus limites) para uns dias.
Aqui já tens o meu exemplo de um NÃO e um SIM.
Dinheiro NÃO ! Por uma simples razão... a quem tem muitos problemas de nada valeria, (não pertenço ao " CR7 " um pouco de humor que a conversa é "pesada") e o que eu possa ter, necessito dele para o dia a dia, e como ninguém está livre disso, para uma emergência, inclusive familiar.
Ajudar como posso e entendo, a meu modo... SIM !!
Não me senti bem quando a vi de lágrimas nos olhos mas... sou AMIGA dela, oxalá tenha feito "eco" naquela cabecinha, as minhas palavras.
E se desabafo aqui este episódio, é porque nunca se sabe se alguém que possa ler o meu humilde "blog", precise também de aprender a dizer NÃO ou SIM, nas alturas devidas.
Nota pessoal: A solidariedade tem muitas vertentes boas mas, tem também, e até a níveis de quem está à frente de Instituições de ajuda, muitas partes negativas. Sei do que escrevo !!
®M.Cabral (in_ "voluntariado é ajuda")
15.07.24
Maroussia
14.07.24
Maroussia
Não sou amante de Televisão mas sou, isso sim uma "amantíssima" de Teatro. Vi, ouvi e li, algumas entrevistas (não tantas como seriam merecidas) dadas pelo Sr. Ruy de Carvalho, dos maiores nomes do nosso País, esta já tem alguns anos, mas marcou-me até hoje (consta dos meus arquivos).
Fiquei embevecida e... coisa estranha em mim "presa" àquele rectângulo que, por norma me ocupa pouco tempo, exceptuando pôr-me a par do que se passa no Mundo e, um ou outro documentário que me dê um pouco mais de sabedoria.
Mas aquele grande Sr. além de bom actor é um ser humano espectacular e "bebi" sôfrega todas as lições de vida que ele "me" deu, num tão curto espaço de tempo.
Já sabia muito do Sr. Ruy de Carvalho, vi muitas peças que protagonizou e, me deliciaram.
No entanto nesse dia especialmente, porque estivesse mais sensível ou porque o tempo (em espaço) me desse "autorização" de ter tempo, maravilhei-me com as sábias palavras deste grande Sr.
A um dado momento da entrevista e casualmente, dando "conselhos" para que um casamento funcione bem, ele fala sobre o relacionamento sexual mas, com um nível que só quem é sensível, educado e sabedor o consegue fazer.
Entre muitas, há umas palavras que me tocam e que não posso deixar de as escrever aqui, e se por outra coisa não fosse, pela sabedoria que as mesmas contêm.
Ele diz (mais ou menos) assim: o melhor do amor, o que prolonga esse mesmo amor, é depois de terminar o momento íntimo da relação sexual, se continuar na mesma intimidade, com o mesmo carinho, mas falando dos filhos e das boas recordações.
Não tem de acabar a relação, fumar-se o cigarro e se virar as costas ao outro.
Depois disso, há para viver com a mesma intensidade, as outras "vinte e três horas e meia" de cada dia, na ausência na presença, com mais ou menos problemas, mas vivê-las em amor e com Amor. (Perdoem-me a inexactidão, por não conseguir ter decorado palavra por palavra mas, a essência está implícita).
Saliento este "exemplo", não pela razão da sexualidade, porque essa está banalizada demais, (seria descabida neste contexto) mas sim, para que possam reflectir sobre esta grande lição de vida, dada de um modo tão simples e humano, por alguém que tem a sensibilidade e o conhecimento de "saber" falar assim, sobre um sentimento que deveria ser o mais nobre de todos. O AMOR!
Em meu nome pessoal (embora convicta que todos os portugueses, amantes da arte que abraçou, lhe devam muito e lhe estejam igualmente gratos), por todos os bons momentos que me tem proporcionado como actor, com o maior respeito e carinho, aqui deixo expresso o meu Bem-haja, Sr. Ruy de Carvalho!
Nota: O título deste texto é uma frase quase célebre de Ruy de Carvalho!
®M.Cabral (in _ "memórias de gratidão")