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Ainda "ontem" foi domingo... já é meio da semana.
Não que me faça diferença, quando se vive em modo "mecanizado", perde-se a noção dos dias, semanas, meses e só se dá conta dos anos, quando olhamos o espelho.
Não estou a vitimizar-me, nem pouco mais ou menos, apenas apetece-me desabafar e sendo este blog como um "Diário", é ele o meu refúgio, quando as "emoções" me "carregam" com mais peso.
Desisti da psicoterapia porque não me adiantava coisa alguma, afinal estando no mesmo meio, sei bem como funciona.
Isso só acontece quando a pessoa, se entrega, se deixa envolver e segue à "risca" tudo o que lhe é dito, o que para mim é difícil. Por vezes quando percebemos demais dos assuntos, temos a tendência para os depreciar.
Há 13 anos que estou num estado depressivo, com altos e baixos mas, que já concluímos que está a ficar "crónico".
Entrei em confinamento quase total, desisti de "sair", viajar, a menos que seja para ir a consultas, deixei o voluntariado que tanto me agradava, digamos que "estagnei".
Os "amigos" afastaram-se, porque lhes faltavam as "churrascadas" e tudo o mais que lhes ofertava em favores e auxílio, em várias vertentes, sempre de bom grado, porque eu sim, era e serei sempre... mesmo Amiga.
Um luto, é sempre difícil de fazer, e quando se vive 91 anos com a pessoa que nos deu o Ser e a única que temos como família (pais separados), passamos a viver a 100%, em duas metades. Quando a minha querida Mãe, fez a sua "passagem", fiquei a "depender" dos meus 50% para sobreviver.
Tenho a família que formei com o meu companheiro de "viagem", e da qual muito me orgulho, fui abençoada com 2 filhas, que me deram 3 netos, e que são o meu suporte emocional mas, cada uma tem as suas vidas e bastante ocupadas.
Além de que a Mãe para elas, é a mulher que sempre lhes serviu de exemplo, alegre, optimista, cheia de vida, dinâmica etc... É essa que elas teimam "querer" ver e não conseguem lidar muito bem com a "aceitação" deste "descambar" aos poucos.
Tenho tentado ser forte mas... com o confinamento do Covid passei a ter o meu, ainda mais "fechado", e a parte física começou a ressentir-se.
Os problemas de saúde, foram surgindo, e sendo eu, não adepta de fármacos químicos, mais difícil fica "atenuar", dores e afins.
Se alguém me souber ler em "entrelinhas", por certo já reparou pelo que escrevo, que tenho muito de "cinzento".
Na parte poética, mais ficcional, e tendo sido escrita desde a adolescência, até consigo deixar "sobressair" o que havia de bonito e sonhador há mais de 40 anos, quando comecei a "tentar" ser, uma escrevinhadora" de sentimentos sonhados.
Hoje, "desnudei-me" quase por completo, o que não é fácil, mas por qualquer razão, talvez pelo dia que está lá fora, decidi fazer "auto-psicologia", através da escrita, onde não tenho regras impostas, começo e páro onde quero.
Sei que passarei despercebida, afinal "lamechices" não é uma leitura agradável, nem sequer é o meu intuito, ser tida como uma "coitadinha". Infelizmente há sempre quem esteja pior... mas se alguém casualmente, ler estas palavras, peço por favor que, apenas as "sintam" como um desabafo e nunca, como um... queixume.
Sejam Felizes e aproveitem a Vida, enquanto Ela vos der razões para tal, pese embora o estar-se "Vivo" já ser uma boa razão, para gratitude !
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M.Cabral_pt® (in - Descarrêgo de "peso" emocional) ![]()
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