DESESPERO, porque me arrastas assim
Pelas ruas enlameadas da amargura,
Porque me torturas, porquê a mim?
Para quem a vida tem sido tão dura.

Ai DESESPERO porque abusas das tuas forças
mesmo usando todo esforço a defender-me
tudo fazes para que eu ainda mais "me torça"
e num extremo cansaço, obrigas a render-me.

Levas-me quase a um o "desvario" total
a coragem, aos poucos a vou perdendo,
DESESPERO maldito, porque me tratas mal
se eu sem forças, já nem sequer te enfrento.

E neste meu triste viver, sempre tão "desesperado",
cansada de tanto sofrer, no caminho que me enleaste
Serás sempre por mim, um "estado de alma", odiado,
DESESPERO tão vil, que na "lama", me "abandonaste"...!

®M.Cabral (in "Vidas em - Desespero - ")