Há noites que as insónias me levam à reflexão do que pensamos ser uma coisa assertiva, e depois quando por esta ou outra razão, nos confrontamos com a realidade, concluímos que afinal nem tudo é tão linear, e que por vezes, nós é que fizemos uma má "simulação" !!

Nada está autenticado, seja pelo positivo ou pelo negativo, daí eu pensar na palavra - simulação -.

Pensei nas Amizades... e foquei-me a analisar até que ponto a "relevância" da Amizade, pode ser  aceitável.

Vejamos: - Escrevo na primeira pessoa, porque quem sou eu para duvidar do modo comportamental, de quem quer seja.

Em criança, tive amigos, ou seriam companheiros de brincadeira ? Até porque a complexidade da Amizade em si, não pode ser avaliada por crianças...!

Na Adolescência, tive Amizades ou seriam uma escolha de várias pessoas que "comungavam" dos mesmos gostos e por isso se entendiam bem, enquanto se divertiam ?

E se me interrogo deste modo é porque entretanto, "cresci", (não só de altura) mas porque a vida continua, e vamos vendo como as Amizades, passam a ter outros comportamentos.

Apercebi-me disso quando casei, porque de parte a parte "restavam-nos" as pessoas, "amigas" com quem convíviamos, em eventos, jantares... entre umas sardinhadas em casa de uns, e umas churrascadas na minha casa (passe a redundância) , e tudo isso fundamentado na tal Amizade.

Mas não existe mal que não acabe, nem bem que sempre dure. Os anos passam, os filhos aparecem, a vida de antes, começa a ficar com menos tempo, para ser vivida no mesmo ritmo.

E as Amizades vão-se dispersando, passa uma semana, depois um mês, e sem darmos conta...anos. Passamos a encontrarmos nos eventos mais tristes, porque somos todos finitos.

A minha definição de Amizade fácil de assimilar -  umas determinadas pessoas, que por forças das circunstancias sociais e pessoais,  deveriam estar unidas, no apoio se estamos mal e, rejubilar quando tudo está bem -.

Por experiência pessoal, e volto a referir que estou a escrever sempre na primeira pessoa, quando estava bem, algumas vezes ainda havia "alguém" que aparecia para relembrar, os já muito para "trás" velhos tempos.

Mas... infelizmente a minha saúde foi-se debilitando, e as visitas começaram a escassear... afinal ninguém está para sair de sua casa ou deixar de aproveitar mais um pouco de sol, entre outras coisas boas da vida, para estar um pouco com alguém que não está bem, que nem lhe apetece falar muito, etc etc etc.

Algumas dessas pessoas, por vezes passam na rua onde moro mas, coitadas não me querem importunar... claro, que eu entendo e até fico muito grata.

Havia aqui tanto "pano para mangas" que nunca mais chegava ao fim... mas não me quero tornar aborrecida, apenas em mais uma noite de insónia,  este meu "espacinho" (blogue para uns, para mim diário) me ajudou a concluir que :

A palavra Amizade, penso que seja a mais escrita e falada em todos idiomas... Existe. Já os os "Amigos", é que nem tanto assim...!!

Pessoas "conhecidas" sim tenho algumas, e até posso sentir uma certa simpatia... mas Amigos, "numericamente" escrevendo, de uma só mão, sobra ainda um dedinho.

Perdoem se neste - meu - "desabafo" , feri susceptibilidades e oxalá eu seja a única pessoa a pensar assim (por experiência vivida), mas quem tiver "Amigos", daquelas pessoas que não é preciso chamar porque elas estão presentes quando necessárias... Oxalá assim continuem, porque eu gosto de saber que há pessoas felizes nesta vertente e... não só.

Nota pessoal: Resta-me acrescentar que não me preocupa a quantidade, mas sim a qualidade. Tenho poucos, mas sei que com eles posso contar, tal como eles comigo. O resto é mera matemática.

** Sem esquecer os meus patudinhos fieis e amorosos que retribuem-me e com superioridade... O meu tanto gostar deles** !! 

®M.Cabral (in - "conjecturas")