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MAROUSSIA

Um pouco de mim... Sobre o que sinto, ouço, escrevo e gosto !!

MAROUSSIA

Um pouco de mim... Sobre o que sinto, ouço, escrevo e gosto !!

21.08.20

" A menina que vende balões "... encantando a pequenada, e preenchendo os corações...!!


Maroussia

baloes.jpg

Balões, quem quer lindos balões... 
anuncia a menina num timido apregoar
Que vai preenchendo os corações
ao mesmo tempo que fazem sonhar 

As crianças ao seu redor extasiadas
sorriem com tanto encantamento
Quero este, apontando animadas
para as escolhas, daquele momento

São tantas as cores para escolher
naquele "bailado" que paira no ar
Que é difícil só um balão escolher
quando tanto apetecia, todos levar

Por fim lá se resolvem por uma cor
embora seja uma escolha complicada
E com ele vai também um pouco de amor
por parte da menina, que fica encantada.

Balões, quem quer lindos balões
o pregão vai aos poucos enfraquecendo
Amanhã é outro dia para preencher corações
chegou a hora, de o cansaço... ir vencendo !!

balões, quem quer lindos balões...

®M.Cabral

10.08.20

Uma narrativa por dia... !!


Maroussia

um-desenho-da-mão-de-uma-mãe-nova-com-seu-filho-desenho by net 
                                Narrativa do Dia -  " Uma Lição de Vida...!! "

Do portal da minha casa, avistei ainda ao longe, duas crianças. Uma delas talvez com os seus quinze anos, a outra de tenra idade.
À medida que se iam aproximando, apercebi-me que a mais crescidinha deu uma palmada na mais pequenina.

Como adoro crianças e achei um pouco imatura aquela palmada, dada talvez impulsivamente, dirigi-me à rapariga e disse-lhe em tom maternal, que não devia de bater assim no irmãozinho, pois que ainda era pequenino.

Educadamente, talvez por reconhecer que a minha intromissão não era de censura maldosa, mas mais de conselho e experiência, respondeu-me sorrindo. Este menino não é meu irmão, é sim meu filho e, pode crer que é aquilo que eu mais adoro na vida.

Um pouco apanhada de surpresa, pedi-lhe desculpa e ainda intrigada atrevi-me a perguntar-lhe quantos anos tinha. Disse-me com um ar de mulherzinha, já tenho dezassete anos, embora pareça ser mais nova.
Encetámos conversa, onde comentei que ela tinha sido mãe muito cedo e, por curiosidade perguntei que idade tinha o namorado.

O seu rosto de criança, feita mulher à pressa, entristeceu um pouco mas respondeu-me com veemência: não tenho namorado, este menino é só e apenas meu.
Perguntei então, antevendo a resposta, se o pai da criança não tinha meios económicos para compartilhar no seu sustento.
Neste entretanto, fiz-lhe um convite para um café que ela aceitou e começámos a conversar, como se fossemos amigas de longa data.
Talvez por carência afectiva ou necessidade de desabafar, relatou-me então a sua história.
Engravidou aos catorze anos de um homem casado que tão covardemente não quis assumir o acto que impunemente tinha feito, antes pelo contrário, tentou aliciá-la para que fizesse um aborto, mas ela criança (mulher), recusou com todas as forças de quem já se sentia mãe. A partir daquele momento nunca mais quis ver aquele monstro em formato de homem.
Recorreu-se dos pais, julgando encontrar neles a força e apoio, para os momentos duros que se anteviam.

Mas, nem aí a sorte lhe foi favorável, pois ao contrário do que ela pensava, aqueles pais tinham um cérebro onde imperava a estupidez e o desamor, e o desenlace deu-se, com a sua expulsão de casa.

Encontrou refúgio em casa de uma senhora idosa, sua amiga que, para além de a acolher ainda lhe arranjou emprego, pelo que dá graças a Deus por aquela amizade que, todavia se completa pela necessidade que têm uma da outra.

Nasceu o menino e foi uma felicidade para ambas e aquela criança tem o amor de duas pessoas maravilhosas, o da mãe e o da "vovó", que é assim que o menino chama a "velha" senhora.

Comovida, pois também sou mãe, disse-lhe que lamentava que uma pessoa  doce e tão jovem,  fosse assim precocemente infeliz.
De imediato me respondeu que, de infeliz não tinha nada, antes pelo contrário, pois tinha saúde, juventude, um tecto para morar, emprego e a maior razão de viver que era aquele filho que tanto amava. Tinha portanto a maior felicidade do Mundo.

Coloquei-me ao seu dispor, para sempre que precisasse de algo ou simplesmente de um ombro amigo e, seguimos os nossos caminhos.

Ao regressar a casa, pensava comigo mesma. Como há gente tão mesquinha, que se julga infeliz só porque não pode comprar um vestido novo ou o carro do ano.

Pobres patetas, os que não vêm que a verdadeira felicidade está, em nos contentarmos com as pequenas mas importantes, coisas da vida, tais como, um emprego, saúde, um tecto para morar, a amizade de alguém e sem dúvida o mais importante, um filho.

Ninharias... pensarão os que não compreendem o sentido desta lição de vida, que nos é dada por uma criança, feita mulher !!

autoria de__ M.Cabral_pt®

29.06.20

O inexplicável, não se explica... entende-se, pondera-se e aceita-se !!


Maroussia

21668492_o4UV5.jpegImagem by net

 Texto de um Diário (falhado)

Olá meu caro "amigo" 

Desculpa a minha ausência (no fundo até descansaste um pouco de mim).
Não te esqueci de todo, aliás sabes que já não sei "viver" sem ti. Só que tenho andado um pouco "estranha", não diria que mal mas, menos bem.
Hoje, depois de jantar, fui a casa da filhota, para tomarmos café. Os homens para a sala da TV, em volta dos jogos, as mulheres ou seja a parte da minha prole feminina, na cozinha, em amena cavaqueira. A conversa daqui e de acolá, foi parar ao passado.
É curioso, como recordámos tantas coisas, boas e más, e à medida que a conversa foi fluindo, fomos "rebuscando" memórias e emoções.
Perdas, com lágrimas, lágrimas com "ganhos", nascimentos e vitórias, revivi de tudo um pouco.
Ri em determinadas "passagens" mas, também humedeci os olhos em outras.
Digamos que foram 3 horas como já ha muito tempo não vivenciava, sem telemóveis, sem tablets, sem tvs, sem computadores, como se o tempo tivesse "recuado". Em cima da mesa, apenas se viam chávenas de chá fumegante, um bule e um prato de biscoitos. 
Agora estando aqui para desabafar um pouco contigo, sinto-me mais plena, mais "aconchegada", porque nos dias que correm é tão difícil conseguir 3 horas, para simplesmente, apenas se conversar, e pensar que hoje isso aconteceu, enche-me a alma...!!

Agora vou descansar, se volto ou não amanhã não sei, mas volto... quiçá sine die !!

®M.Cabral

08.01.20

Fazer tudo, não é TUDO, porque as situações quando surgem, não são assim tão... lineares !!


Maroussia

casais-separados1.jpg

”  FAZER TUDO NÃO  TUDO  “            
 

Fazer "tudo" para um casamento se manter
por vezes é preferível uma razoável separação,
pois chega a uma certa altura que é só para sofrer,
que tenta-se por status, "viver" essa união.

Apela-se que é o  melhor para as crianças,
são as desculpas, quase sempre utilizadas,
mas ao manter uma união sem esperanças,
são as crianças, que vão "sair" mais magoadas.

São muitas as vezes em que surgem os conflitos,
e para isso não se escolhem as ocasiões,
transformam-se as palavras, em plenos gritos,
isto, quando não se chega, ás agressões.

Aí sim, quando a tal  uma criança assiste,
vai com certeza ficar muito magoada,
e ao deparar-se com aquela cena triste,
vai sentir-se pelos pais, menos amada.

Tentem, tentem sempre com muito alento
ficar juntos mas, tenham muito cuidado,
não teimem em prolongar um casamento
se não lhe conseguirem dar algum significado.

Se entretanto houverem crianças pelo meio
não subestimem nunca  a sua  inteligência,
com elas é imperativo conversar primeiro
jamais tenham para com elas,  negligencia.

Falem-lhes,  nunca fugindo à sinceridade
porque as crianças sempre compreendem,
não usem para com elas, da "irrealidade"
conversando, as crianças tudo entendem.

Digam-lhes que acabou o amor entre os pais
e que vivendo juntos, nenhum deles é feliz,
mas que o amor por elas,  ainda é mais
porque os filhos… foram os pais quem os quis.

E não querendo fazer ao divórcio apologia
fazer tudo … não é tudo, estou convicta,
mais vale só, mas ser feliz no dia a dia
do que viver com a Felicidade... interdita !!

Nota de autora:  Não foi fácil escrever este texto, mas a cada dia que passa, tomo mais conhecimento de casos, sem solução e por vezes até com fins pouco "ortodoxos". Daí me decidir escrever sobre um tema "forte" mas que, faz parte da realidade de muitas vidas. 

®M.Cabral