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MAROUSSIA

Um pouco de mim... Sobre o que sinto, ouço, escrevo e gosto !!

MAROUSSIA

Um pouco de mim... Sobre o que sinto, ouço, escrevo e gosto !!

31.08.20

Com demasiada "controvérsia", desde as plausíveis às mais disparatadas opiniões, os Srs. do Mundo, tentam encontrar soluções mas, falham no tempo perdido nas disputas, de quem vai ser o melhor ... O "Homem" fica cego, e o Poder ganha ao bom sens


Maroussia

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                                               " Ladrão sem rosto "

Com receio, até da minha própria sombra, sinto-me ...
Ameaçada...!!
Porque temo ser "atacada" sem defesas, sinto-me...
Violentada...!!
Tiraste-me à força, quase tudo o que tinha, sinto-me...
Roubada... !!
                                          
Sinto-me Ameaçada, Violentada, Roubada,
De temores estou plena, "presa" à solidão
Sem errar ou prevaricar, fui "condenada"
Passei a viver, numa "globalizada"... prisão.

Ameaçada... pelas notícias em todos os momentos
Violentada... pelas imagens que vejo a toda a hora
Roubada... em quase todos os meus sentimentos
Até quando ? era a resposta que eu queria... agora.

Amaldiçoado "Ladrão sem rosto" e... seus "comparsas"
Que  nos colocaram  no Inferno, nesta cruel realidade
Não olhas a meios, para espalhar as desgraças
Roubando-nos o Bem mais precioso... A Liberdade.

Separas, pessoas, amigos, famílias e até países
Atentas todos os dias contra à expressão dos afectos
Quase que perdemos o rumo das nossas raízes
Com o Desemprego a colocar em causa, os nossos "tectos".

Nesta precária situação, em impasse de morte ou vida 
Só peço um pouco de sorte,  nesta "situação"  malfadada
E queria poder ainda, porque me encontro tão  "perdida" 
Sentir livremente, o aconchego e a força de um... ABRAÇO !!  

®M.Cabral
 Nota: Passará muito tempo ate o Mundo se recompor mas... nada mais será como antes, vamos ter de mais uma vez... aprender a "viver" de novo !!

04.08.20

Uma Narrativa entre muitas...


Maroussia

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                         Narrativa do Dia - " Apenas mais um... entre tantos...!! "

Num final de um dia de trabalho, percorrendo as ruas da cidade e tentando encontrar o caminho mais fácil para fugir ao transito, na tentativa de chegar o mais rápido a casa, parei o carro num sinal vermelho e, num rompante quase abruptamente, vejo no vidro dianteiro, um pano sujo, manuseado por umas mãos ainda mais sujas.

Após duas fracas passagens pelo vidro, olho para um mão estendida, em silêncio, de alguém cambaleante. Ainda atónita, olhei para aquele rosto cadavérico, envelhecido, embora não passasse de um "menino".

Os olhos encovados e suplicantes, baços e sem brilho eram de uma profundidade tão penetrante, que quase me deixaram petrificada, e senti-me incapaz de dizer o que quer que fosse.

Balbuciou duas ou três palavras, para mim quase imperceptíveis, enquanto a sua mão continuava quase em súplica.

Um pouco mais refeita, lá consegui arranjar coragem para lhe perguntar se estava a sentir-se bem, que talvez tivesse fome, e se fosse esse o caso, eu iria dar-lhe de comer, que queria ajudá-lo, talvez até levá-lo a um hospital.
Respondeu-me tremulamente que se o quisesse realmente ajudar, lhe desse algum dinheiro, assim o ajudaria muito mais, pelo menos a morrer com menos dor.
Apercebendo-me do quadro que tinha na minha frente, tentei contra-pôr, que estava na vontade dele a decisão de voltar atrás que era muito jovem para se render assim tão facilmente.

Respondeu-me com algum tremor na voz, a morte não tem retorno e eu tenho a morte dentro de mim.

Compreendi, que nada do que eu dissesse ou fizesse iria demovê-lo. Impotente, dei-lhe o que ele queria, dinheiro. Sorriu-me, com um sorriso que mais parecia um esgar e afastou-se cabisbaixo, carregando em si o peso da desgraça e da morte anunciada.

Aquele quadro marcou-me profundamente. Fez crescer dentro de mim uma raiva e uma revolta tão grande que dura até hoje.

Quem manda, cruza os braços, não por impotência mas por cobardia. Afinal, o vil metal é o "chefe supremo" da Humanidade.

E assim se vão "engordando" bolsos ambiciosos, à custa da morte dos nossos filhos e, se fica impune.
O que me serve de consolo é que a justiça dos homens é cega mas, a Divina não perdoa e a Deus todos terão de prestar contas.

autoria de__ M.Cabral_pt®

17.01.20

Qual doença, corrompe a alma e também o corpo...


Maroussia

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” SINÓNIMO DE DESGRAÇA “

Desgraça, tão grave, qual doença
corrompe a alma e também o corpo,
olha-se a dos outros com indiferença
e repudia-se, quem que já nasce torto.

Espalha-se por tudo quanto é gente
essa Desgraça seja a que titulo for,
arrasta tudo para o mal, vai em frente
não se preocupa em que delega a dor.

Desgraça, é a violência é a guerra
caminhos tortuosos sem escolha,
erva daninha que danifica a “terra”
é uma árvore sem uma única folha.

Desgraça, é essa maldita heroína
que mata sem dó nem piedade,
Desgraça, é o mal que nos domina
e que nos faz sentir sem validade.

Desgraça, é ter filhos sem comer
procurar emprego sem o conseguir,
é já não ter forças para sofrer
é andar aos tropeções até cair.

Desgraça, é ver uma criança que sofre
por abandono, descuido ou indiferença.
Desgraça, é ver alguns morrer de fome
outros, em suicídio ou decadência.

Desgraça, palavra tão fria e imoral
quem dera que no vocabulário não existisse,
essa palavra que é sinónimo do ”mal”
que ninguém no Mundo, a consentisse...!!


®M.Cabral