28.08.20
De vez em quando tenho necessidade de me abstrair da dura realidade de um viver normal, muitas vezes problemático, "corroído" pelas ameaças de doenças, guerras, tragédias enfim, caminhos de Vida... e nesses momentos, deixo fluir o meu imaginário e..
Maroussia
Apaixono-me pela Lua, sem poder tocá-la. Enamoro-me de uma flor, falo com ela mesmo sem obter uma resposta. Abraço-me à almofada que se mantém fria e imóvel.
Olho um quadro que retrata um Ser belíssimo e digo baixinho... "amo-te, não sei porquê..." e ouço como resposta, uma voz dentro de mim que me chama à razão. "Não sabes o que dizes, nem o que sentes... não vês que não há razões que te levem a esses sentimentos." Fico-me pelo silêncio.
O "imaginário" tem uma beleza, pura e ingénua além de ser muito apelativo: - Os campos, em que na realidade existem e florescem cactos, espinheiros e afins, nos meus sonhos... são verdes prados e jardins floridos.
A flor que está cercada de todas as espécies de "espinhos" na sua ambiência de vida... em sonhos e pensamentos posso tocá-la, sentir a suavidade das suas pétalas, nas pontas dos dedos e até consigo sentir o seu suave aroma...!
A Vida em si é bela, são as contrariedades do "destino", que a tornam difícil de ser aceite tal como é... talvez por isso, eu sinta a necessidade de vez em quando, me "refugiar" no aconchegante acto, de sonhar...!
Sentimentos impossíveis, sobre o abstracto...!!
®M.Cabral
(influenciada)